Febre do Amor - Capítulo 8
8
Logo ao chegar em casa a mãe de Everton vai até o quarto do filho para ver se seu filho já havia chegado, afinal saíra e ele não estava em casa. Ao entrar no quarto vê o filho adormecido e após observá-lo por um tempo e vendo o semblante de seu filho pensa:
- Meu filho querido! Primeira decepção amorosa...
Não acorda o filho, sabia que nesse momento o melhor remédio era o silencio. Vai então até a cozinha e começa os preparativos para a janta.
Everton levanta-se da cama sentindo o cheiro de comida, chega até a porta da cozinha onde sua mãe cantarolando esta preparando a comida e ela notando o filho pergunta:
- Filho, você quer conversar?
Ele apenas diz que não balançando a cabeça. Ele vira-se e vai para a sala, sentando-se no sofá fica a observar o vazio.
Sua mãe vai arrumando a mesa e colocando os pratos sobre a mesa para o jantar, fica observando o filho e sabe que no momento certo ele falaria, melhor deixá-lo ficar quieto.
Durante o jantar, Everton diz para sua mãe:
- É mãe, acabou.
Dona Marina não sabe muito bem o que dizer, apenas diz:
- Acabou filho? Posso saber toda a história?
- Ah mãe, tudo já estava acabado a muito tempo, eu que ainda me iludia, achando que ainda poderíamos ficar e ser felizes de verdade. Achava que era meu amor eterno mãe!
- Filho, isso ainda pode acontecer muitas vezes na vida.
- Eu sei mãe, mas eu gostava muito dela! Não sei o que fazer agora. Nunca mais vou amar...
- Será que não meu filho? Não pense assim, isso é uma ferida que agora esta aberta, mas um dia será fechada.
Everton abre a boca, como se fosse falar de novo, mas torna a fechar, não querendo falar mais nada.
- É mãe, você tem razão, é uma ferida que um dia pode ser que seja fechada. Eu acho que não será mais fechada. Não sei se amarei de novo.
Dona Marina deixa escapar um sorriso e diz ao filho:
- Filho, todos nos sempre dizemos isso, mas você esta só na primeira decepção amorosa. Isso ainda pode acontecer muitas vezes.
Sem querer mais conversar ele levanta-se da mesa de jantar e dirige-se ao seu quarto. Lá atira-se na cama e ali fica pensando e pensando. Deixa sua mente o levar até o inicio de tudo. Como fora o inicio, quanto tempo ele por causa de sua timidez levara para a pedir em namoro.
As lágrimas rolam em seu rosto... ele as deixa rolarem livremente... sem as impedir de molhar seu rosto, podia ser que elas conseguissem limpar sua dor, arrancar a dor do peito... e deixar seu coração limpo e livre dessa dor.
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